A ascensão da anestesiologia na medicina veterinária vem acompanhando a evolução dos fármacos e dos procedimentos cirúrgicos, garantindo a segurança e bem-estar dos pacientes. Dentre esses avanços podemos citar a TIVA, já consolidada na medicina humana ao longo dos anos.
O que é TIVA?
TIVA, que significa Anestesia Total Intravenosa (do inglês, Total Intravenous Anesthesia), é uma técnica de anestesia na qual os anestésicos são administrados exclusivamente por via intravenosa, sem o uso de gases anestésicos inaláveis. Essa abordagem é bastante utilizada em procedimentos cirúrgicos, especialmente por oferecer várias vantagens.
Como funciona a TIVA?
A TIVA pode ser administrada com a opção de um único fármaco, ou vários associados com sinergismo em sua ação. Durante a escolha da ou das drogas, o anestesista deverá ter um conhecimento amplo da farmacocinética e farmacodinâmica de cada fármaco utilizado e suas respectivas implicações clínicas e cirúrgicas.
Não há um protocolo único na anestesiologia. Existe sim um paciente com suas características particulares, com resultados hematológicos diferenciados além das enfermidades e comorbidades no qual aquela anestesia esteja sendo necessária.
Geralmente combina-se um agente sedativo ou tranquilizante, um opioide para analgesia, e um anestésico intravenoso como propofol, etomidato ou tiopental. A combinação depende do procedimento, do paciente e do objetivo anestésico, como já dito anteriormente.
Vantagens e desvantagens da TIVA
Várias são as vantagens de sua utilização, dentre elas podemos citar:
- Evitar a necessidade de gases inalatórios, como Isoflurano, Desflurano e Sevoflurano;
- Ausência de contaminação ambiental;
- Maior controle anestésico, menor risco de profundidade anestésica;
- Redução de riscos respiratórios e cardiovasculares;
- Analgesia pós-operatória imediata;
- Indução e recuperação anestésicas mais tranquilas;
- Maior controle hemodinâmico;
- Evitar vômitos e náuseas no pós-operatório;
- Alternativa para pacientes com comorbidades respiratórias.
Mesmo sendo uma técnica recomendada, possui algumas desvantagens:
- Conhecimento avançado do anestesista e equipe treinada;
- Requer material específico como a necessidade de bombas de infusão;
- Cuidado com pacientes que apresentem hemorragia, hepatopatias, nefropatias e hipoalbuminemias;
- Poderá apresentar um custo maior devido à utilização de fármacos específicos;
- Atenção a sua utilização em procedimentos longos e complexos.
Independente da escolha anestésica o monitoramento deverá ser o mesmo em relação aos sinais vitais pressão arterial, frequência respiratória, oxigenação e níveis anestésicos. Lembrando que as dosagens poderão ser recalculadas, sendo de acordo com respostas dos pacientes durante o trans anestésico.
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